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O fígado é um dos órgãos do sistema digestório mais importantes para a digestão, porque tem a função de metabolizar e de armazenar nutrientes, que só são absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por ele. Sendo um órgão abdominal grande, com um peso aproximado de um quilo e meio, o fígado executa um papel […]
O fígado é um dos órgãos do sistema digestório mais importantes para a digestão, porque tem a função de metabolizar e de armazenar nutrientes, que só são absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por ele.
Sendo um órgão abdominal grande, com um peso aproximado de um quilo e meio, o fígado executa um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do metabolismo e é responsável por uma variedade de funções importantes, como processar os carboidratos, as proteínas, as gorduras, as vitaminas e os minerais dos alimentos advindos dos intestinos, além de remover as toxinas do sangue.
Então, amigo, como você anda cuidando do seu fígado?
As três principais doenças que podem afetar o fígado são: esteatose, hepatites virais e doenças genéticas. No entanto, eu, como cirurgião de fígado, também recebo no consultório outros problemas corriqueiramente, algumas vezes em pacientes jovens sem doenças anteriores, por exemplo: cistos de fígado, nódulos hepáticos em pacientes jovens, cirrose hepática com tumor, abcessos e metástases no fígado. De uma forma geral, com tratamento adequado e especializado, todas essas patologias têm bons resultados a longo prazo. Fique atento à sua saúde e confira 8 dicas para manter seu fígado saudável:
1- Dieta: controle seu peso e tenha uma dieta equilibrada, com baixo teor de gordura. Busque melhores fontes de proteínas decorrentes de alimentos à base de plantas, como feijão, legumes e lentilhas, além de incluir frutas e grãos integrais nas refeições diárias, mas não menospreze as fontes animais, que também são importantes, como frango, peixe, ovo e carne. Carboidratos brancos, gorduras trans e o açúcar devem ser evitados. Por isso, o acompanhamento com um nutricionista é importantíssimo;
2- Bebida alcoólica: aprecie com moderação e com consciência. O álcool, quando metabolizado no fígado, produz substâncias tóxicas, o que pode acarretar doenças como cirrose, hepatite alcoólica e esteatose hepática (gordura no fígado);
3- Atividade física: abandone o sedentarismo e pratique atividades físicas, pois elas são bastante importantes para o controle do colesterol e para prevenção e diminuição da gordura no fígado;
4- Inteligência emocional e meditação: atenção plena e foco na sua saúde diminuem as interferências dos gatilhos emocionais;
5- Exames regulares: por ele dificilmente doer, as doenças do fígado são silenciosas, e os sintomas, geralmente, só aparecem nos estágios mais avançados. Quando o diagnóstico é realizado precocemente, as chances de reverter o quadro clínico são maiores;
6- Uso de medicações: evite automedicar-se, pois diversos medicamentos podem causar danos ao fígado. Questione uso crônico de medicações e interações entre eles;
7- Atitudes de risco: seringas e agulhas não devem ser compartilhadas, assim como objetos de higiene pessoal, como lâminas de barbear e utensílios de manicure. Certifique-se de que os instrumentos utilizados para fazer tatuagens e para a colocação de piercings sejam descartáveis. Além disso, use preservativo nas relações sexuais. A prevenção é a melhor maneira para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, como, por exemplo, a hepatite C, que pode causar problemas hepáticos;
8. Acompanhamento com especialista: muitos dos problemas relacionados ao fígado necessitam de intervenções especializadas e críticas, como biópsias, cirurgias ou transplantes.
Cuide do seu fígado, pois ele é de extrema importância para o funcionamento do seu organismo e do seu bem-estar.
Cirurgia Metabólica é definida como qualquer intervenção sobre o trato gastrointestinal, com o objetivo de controlar a diabetes e outras doenças associadas à síndrome metabólica, por meio de mecanismos independentes da perda de peso. Para aqueles pacientes que permanecem descompensados, mesmo com todo o tratamento medicamentoso e as mudanças sobre o estilo de vida, essa […]
Cirurgia Metabólica é definida como qualquer intervenção sobre o trato gastrointestinal, com o objetivo de controlar a diabetes e outras doenças associadas à síndrome metabólica, por meio de mecanismos independentes da perda de peso. Para aqueles pacientes que permanecem descompensados, mesmo com todo o tratamento medicamentoso e as mudanças sobre o estilo de vida, essa cirurgia pode ser considerada uma opção terapêutica.
A Associação Americana de Diabetes, em seu consenso de condutas de 2017, incluiu a cirurgia metabólica como uma opção entre as intervenções terapêuticas em pacientes com diabetes não controlada, e obesidade grau 1. Cientificamente, essas pessoas possuem um Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 Kg/m2 – uma parcela, até então, não contemplada com a cirurgia bariátrica, e que passou a ser acompanhada, ainda no ano de 2017, pelo Conselho Federal de Medicina.
Os resultados do controle da diabetes mudam de acordo com a técnica cirúrgica empregada, tornando-se mais potentes após cirurgias com mudanças na anatomia do intestino, que é o responsável pela maior parte dos mecanismos independentes da perda de peso.
Diversos estudos comparam a cirurgia bariátrica em diabéticos (realizada em pacientes com IMC maior que 35 Kg/m2) com controles não cirúrgicos. Esses resultados sugerem uma melhoria dos marcadores de risco cardiovascular, como hemoglobina glicada, pressão arterial, colesterol e peso, apontando para uma diminuição de problemas de circulação e mortalidade. Uma das pesquisas, realizada com homens de elevado risco cardíaco, demonstrou uma redução de 42% de mortalidade em dez anos em comparação a um grupo com tratamento clínico, geralmente, irregular.
A cirurgia metabólica em um paciente com IMC (relação peso/altura) entre 30 e 35 Kg/m2 é tão eficaz quanto as que são realizadas em pacientes mais obesos. Além disso, evidências científicas apontam que, quando associadas ao tratamento clínico, a cirurgia é segura e tem melhores desfechos glicêmicos à longo prazo, esse resultado independe do IMC e acontece por mecanismos antidiabéticos diretos, e perda de peso.
Tanto a cirurgia bariátrica quanto a metabólica cresceram dez vezes mais do que na última década, no entanto, essas operações são 100 vezes mais seguras nos dias de hoje, tornando-se excelentes opções terapêuticas em diabéticos tipo 2 de difícil controle. Os fatores contribuintes para essas melhorias foram a padronização do procedimento, a busca pela excelência no atendimento, a curva de aprendizado da equipe e um maior envolvimento multiprofissional na busca da redução de complicações precoces e tardias.
Um ponto importante a ser destacado é a necessidade da equipe multidisciplinar, em especial do endocrinologista, que deverá participar de decisões que vão desde a escolha do momento ideal para a cirurgia até o acompanhamento do paciente nos desafios do pós-operatório, objetivando não a cura, mas um controle melhor da diabetes, e uma possível diminuição das medicações por um longo prazo. Por esses motivos, procurar uma equipe com um cirurgião bariátrico e metabólico, com titulações e especialidades na área, é fundamental.
Conclui-se, portanto, que a cirurgia metabólica é um método complexo, feito para tratar doenças delicadas e crônicas, como diabetes e obesidade, produzindo efeitos benéficos e sistêmicos, mas que exige a prevenção de todos os riscos, criando camadas de proteção com defeitos mínimos.
A cirrose hepática é uma agressão irreversível das células hepáticas, sendo esta a condição mais frequente que leva ao transplante hepático em adultos e crianças. A cirrose ocorre quando o fígado normal é substituído por tecido de cicatrização, o que diminui a função do órgão.As situações que levam à cirrose e a consequente necessidade de […]
A cirrose hepática é uma agressão irreversível das células hepáticas, sendo esta a condição mais frequente que leva ao transplante hepático em adultos e crianças. A cirrose ocorre quando o fígado normal é substituído por tecido de cicatrização, o que diminui a função do órgão.As situações que levam à cirrose e a consequente necessidade de transplante de fígado são a hepatite crônica por vírus B ou C, doenças que comprometem as vias biliares, hepatite alcoólica, hepatite autoimune, doença hepática por esteatose, tumores e hepatite fulminante por drogas ou vírus.
Os pacientes candidatos ao transplante precisam ser avaliados para detectar se apresentam alguma doença que possa ser tratada com o procedimento, no entanto, em alguns casos, eles necessitam de outras opções terapêuticas associadas ao transplante. Além disso, é necessária uma investigação de outros problemas que podem impedir sua recuperação pós-transplante. É importante também avaliar se eles estão psicologicamente aptos e têm o apoio de amigos e familiares para realizar a substituição do fígado.Em casos em que a falência hepática é o resultado de abuso de álcool ou outras drogas, o paciente deverá ter um período de abstenção mínima de seis meses para ser considerado um candidato ao transplante.
O paciente candidato ao transplante de fígado é colocado em uma lista única, auditada e confiável, de espera estadual para transplante, de acordo com a compatibilidade sanguínea (Sistema ABO).Desde 2006, no Brasil, o critério de espera na lista respeita um índice baseado na gravidade da doença, conhecido como MELD (Model for End-Stage Liver Disease). Esse índice corresponde a um valor numérico que varia de 6 a 40, e demonstra a urgência do paciente para o transplante. Os casos mais graves apresentam MELD mais elevados, e serão priorizados. Nos casos de transplantes em crianças, o sistema é chamado de PELD.Os casos urgentes (hepatite fulminante) têm prioridade absoluta na lista de espera do transplante.
A sobrevida desses pacientes é muito curta e, por isso, devem ser operados com urgência, embora a necessidade de transplantes seja consideravelmente maior que o número de doadores com morte encefálica disponíveis.O procedimento de transplante hepático leva em média de cinco a oito horas. O fígado doente é retirado por uma incisão no abdômen superior. Posteriormente, o fígado do doador é colocado na cavidade abdominal e os vasos sanguíneos são ligados às respectivas estruturas do receptor. A última etapa do transplante é a reconstrução de via biliar, que pode ser feita com o ducto biliar do receptor ou com um segmento de intestino, como nos casos de transplantes por atresia de vias biliares na criança.
Após a cirurgia, os pacientes permanecem em uma unidade de terapia intensiva, não havendo quaisquer complicações clínicas ou cirúrgicas, eles são encaminhados ao apartamento. O tempo de internação hospitalar médio pós-transplante varia de uma a duas semanas. A chave para entender o tratamento pós-transplante é o conceito de que o órgão transplantado é um corpo estranho. O sistema imune do receptor vai atacar o fígado transplantado num processo chamado “rejeição”.
Por esta razão, todos os pacientes transplantados devem receber medicações que combatam a rejeição, as chamadas drogas imunossupressoras.O uso de imunossupressores faz com que os pacientes estejam sujeitos a um maior risco de infecções oportunistas, causadas por vírus, fungos e bactérias. Por esse motivo, eles devem manter acompanhamento rigoroso, especialmente até o primeiro ano pós-operatório, para detecção precoce de eventuais complicações e intercorrências.
O sistema de transplante hepático é totalmente confiável e seguro, e tem mudado a vida de muitos pacientes que já não tinham mais expectativas de vida. O apoio e a conscientização da sociedade são importantes para que haja mais doações de órgãos que possam salvar a vida de mais pessoas.
A obesidade atinge todos os estratos etários da população, sendo um dos maiores problemas de Saúde Pública. No Brasil, metade das pessoas apresentam excesso de peso e 18,9% apresentam obesidade. Apesar da genética e dos estímulos para ingestão de comida, a obesidade é reflexo direto dos hábitos da vida moderna, ausência de atividade física e […]
A obesidade é uma doença crônica, e similar a muitas outras doenças crônicas, não existe um único tratamento disponível que venha tratar satisfatoriamente todos pacientes, nos mais variados estágios de sua doença. Paciente diferentes vão precisar de tratamento diferenciados.
Atualmente é reconhecido que a identificação e correção dietética/comportamental são fatores que devem seguir de mãos dadas com qualquer intervenção cirúrgica para a obesidade(1). A cirurgia bariátrica, independente da técnica, tem mostrado, segundo revisão sistemática com meta-analise da JAMA em dezembro de 2013, um impacto importante sobre o IMC, com significativa perda de excesso de peso quando comparado com demais tratamentos não cirúrgicos.
O impacto sobre o IMC no primeiro ano, considerando a Gastrectomia Vertical (GV), o Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) e a banda gástrica ajustável, foi de -13,53kg/ m2 com uma perda do excesso de peso de 59,8%, considerando apenas ensaios clínicos randomizados. Esta mesma meta-analise, tratando exclusivamente da GV, observamos um impacto sobre o IMC no primeiro ano de -16,20kg/m2 e uma perda de 69,7% do excesso de peso (2).
Tendo em vista que o número de gastrectomias verticais está em constante crescimento, em conjunto com outros procedimentos bariátricos. HIMPENS ET AL, em trabalho publicado no AnnSurg, em 2010, evidenciou uma falha a longo prazo de até 20% em termos de perda insuficiente de peso, reganho de peso, além de complicações funcionais como doença do refluxo gastresofágico grave ou disfagia(3). O avanço da experiência e primeiros resultados mostraram
que a técnica de GV evoluiu e se modificou ao longo do tempo.
O início do grampeamento se aproximou mais do piloro e o fundo gástrico passou a ser melhor dissecado, tornando a GV mais eficiente, com esvaziamento gástrico mais rápido e saciedade mais precoce, o que intensificou o poder do procedimento, mostrando que a padronização da técnica é importante para alcançar resultados melhores diminuindo as falhas. Bem como outras doenças crônicas, onde o tratamento clínico é escalonado, de acordo com o estágio e gravidade do paciente, a cirurgia bariátrica segue o mesmo raciocínio. É neste cenário que surge a cirurgia revisional, como uma estratégia para pacientes com obesidade de difícil controle. Na literatura existem alguns critérios para indicar a cirurgia revisional, recentemente o mais utilizado é considerar uma perda do excesso de peso < 50% e/ou um IMC > 35kg/m² após 18 meses da cirurgia primária.
Tratando especificamente da GV, outros critérios que podem ainda indicar a realização de cirurgia revisional, são em sua maioria complicações
ou intolerância por parte do paciente ao pós-operatório da cirurgia primária como: intolerância alimentar importante, disfagia e doença do refluxo gastresofágico pouco responsiva ao tratamento clínico(4,5). Em um recente trabalho publicado na Obesity Surgery, em 2016, ABDELGAWAD ET AL., analisou retrospectivamente 81 pacientes que realizaram cirurgia revisional, destes, 59 pacientes haviam realizado GV como procedimento primário. Os candidatos a cirurgia revisional, após liberados pela equipe de nutrição e psicologia, eram submetidos a estudo baritado e endoscopia.
A depender dos achados destes exames o paciente a proposta de cirurgia revisional variava. A considerar os submetidos a GV, se os achados fossem uma dilatação do tubo gástrico difusa a língua inglesa, sem restrições quanto ao formato dos estudos, que possuíam um acompanhamento por pelo menos 6 meses.
Para análise foram divididos em grupos segundo o tipo de procedimento revisional realizado. Como resultado, foi observado uma perda
de excesso de peso em 24 meses de – 48% para os que foram submetidos ao bypass gástrico como estratégia de cirurgia revisional, e -44% para os que fizeram nova gastrectomia vertical.
O estudo apresenta limitações pelo número escasso de trabalhos com fortes níveis de evidências ainda publicados, e a heterogeneidade entre os trabalhos publicados, mas permite concluir que até o presente momento tanto a transformação para bypass gástrico como nova GV parecem opções adequadas quanto ao impacto sobre o excesso de peso. A GV surgiu como um primeiro tempo do procedimento de duodenal switch, então torna-se bem factível pensar que adicionar um componente intestinal pode vir a intensificar os efeitos da GV sobre o excesso de peso e o controle de comorbidades. Neste cenário, poderíamos citar a cirurgia idealizada por Santoro, a GV com bipartição intestinal. Adicionar uma bipartição intestinal pode intensifica os efeitos metabólicos da GV, sendo um procedimento mais simples de ser executado e de menor morbidade quando comparado ao duodenal switch.
Em nosso serviço de cirurgia bariátrica do Hospital Universitário da UFRN, utilizamos tal técnica como estratégia de cirurgia revisional para os pacientes que
perderam menos de 50% do excesso de peso e encontram-se com IMC superior a 35kg/m², e foram submetidos ao bypass gástrico.
Nossa estratégia é fazer a cirurgia revisional em dois tempos, no primeiro tempo é feito a ressecção da alça alimentar e uma gasto-gastroanastomose do pouch com o antigo estomago excluso. Após 6 meses deste tempo cirúrgico os pacientes são submetidos a gastrectomia vertical seguida de uma bipartição do transito intestinal como proposto por Santoro. Por trata-se de uma técnica nova, trabalhos ainda em desenvolvimento são necessários para
comprovar o real papel desta sobre o excesso de peso e controle de comorbidades.
Por tratar-se de um tema atual, diversos estudos ainda estão em desenvolvimento, e a literatura carece de fortes evidencias cientificas que definam qual técnica cirúrgica é a ideal para ser proposta a pacientes inicialmente submetidos a GV. Tanto uma nova GV como uma transformação para bypass gástrico, mostraram-se técnicas seguras e com impacto importante sobre o excesso de peso.
A obesidade é uma doença crônica, e similar a muitas outras doenças crônicas, não existe um único tratamento disponível que venha tratar satisfatoriamente todos pacientes, nos mais variados estágios de sua doença. Paciente diferentes vão precisar de tratamento diferenciados. Atualmente é reconhecido que a identificação e correção dietética/comportamental são fatores que devem seguir de mãos dadas com qualquer […]
A obesidade atinge todos os estratos etários da população, sendo um dos maiores problemas de Saúde Pública. No Brasil, metade das pessoas apresentam excesso de peso e 18,9% apresentam obesidade. Apesar da genética e dos estímulos para ingestão de comida, a obesidade é reflexo direto dos hábitos da vida moderna, ausência de atividade física e alimentação calórica, sem qualidade nutricional.
As taxas de mortalidade entre os obesos são altas, pois o excesso de gordura agrava problemas de saúde e gera doenças físicas e psicológicas, como câncer, limitações físicas, derrame, refluxo, cirrose, infarto, hipertensão, colesterol alto, diabetes, doença renal, infertilidade, artrite, apneia do sono, destruição da autoimagem e cobranças sociais, diminuindo assim o tempo e qualidade de vida do indivíduo.
Para classificar a obesidade, usamos a relação do peso com a altura através do Índice de Massa Corporal (IMC), mas avaliações dos distúrbios metabólicos, doenças associadas e distribuição corporal também são importantes para definir o tratamento. A primeira opção é o tratamento clínico, que inclui uma dieta saudável, exercícios físicos, medicação, acompanhamento com endocrinologista, educador físico, nutricionista e psicólogo. O objetivo é trocar o cenário de sedentarismo e da má alimentação por atividade física e uma dieta balanceada.
Quando a obesidade prejudica a saúde e o tratamento clínico apresenta falhas, a cirurgia, conhecida como “redução de estômago” é a melhor opção. Além de reduzir o estômago ou desviar o intestino, ela age também no controle do metabolismo e modifica a saciedade. O preparo pré e pós cirúrgico deverá ser feito por uma equipe multidisciplinar, esse é o segredo para o bom resultado.
Os pacientes aptos à cirurgia apresentam falhas no tratamento clínico e IMC acima de 40kg/m² ou entre 35 kg/m² e 40 kg/m², com problemas relacionados ao excesso de peso, como diabetes, pressão alta, refluxo, distúrbio do sono, esteatose hepática e outros. Alguns pacientes ainda não contemplados pelas normas atuais do Conselho Federal da Medicina, CFM para cirurgia bariátrica (diabéticos ou obesos grau 1) são beneficiados, em recentes estudos, por situações especiais, através da técnica da cirurgia metabólica.
Há algumas modalidades aprovadas de cirurgia bariátrica, mas bypass gástrico e gastrectomia vertical (sleeve) são as mais realizadas e estudadas, cabendo ao médico apresentá-las ao paciente e recomendar a mais apropriada para cada caso, baseando-se nos exames, em como será o seguimento do pós-operatório, na previsão da perda de peso e na saúde do paciente.
Diabetes e refluxo são pontos importantes a serem considerados na escolha da técnica. Atualmente, técnicas laparoscópicas, consideradas menos invasivas, ou robóticas, oferecem melhor visualização e acesso das estruturas anatômicas, diminuindo a dor, reduzindo tempo de internação e possibilitando um retorno mais rápido as atividades.
O paciente deverá entender as novas necessidades dietéticas, a importância do controle das carências nutricionais, a rotina de exercícios e a compreensão das mudanças, adquirindo um estilo de vida saudável, de forma fácil e suave, já no pré-operatório. A cirurgia é uma parte do tratamento e, para manter o resultado, é importante a manutenção de um apoio multidisciplinar.
A cirurgia bariátrica é, continuamente, aperfeiçoada para melhorar resultados e minimizar riscos, sendo segura e eficaz. Com as técnicas pouco invasivas, os resultados melhoraram muito e os riscos diminuíram consideravelmente.
O peso perdido depende de alguns fatores como idade, peso inicial, comorbidades, tipo de cirurgia, exercícios, dieta, motivação e cooperação da família e amigos. A equipe é fundamental, tirando dúvidas, diminuindo riscos, colaborando para um bom resultado e reduzindo as chances de ganhar peso novamente. Os benefícios da cirurgia com a perda de peso são o controle das doenças associadas, diminuição da mortalidade, longevidade e qualidade de vida.
Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais, devendo ser realizada em um hospital com boa estrutura e por médicos comprovadamente capacitados, atualizados e que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo CFM e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Cirurgia Hepatobiliopancreática é um dos grandes grupos de cirurgias que fazem parte da formação do cirurgião do aparelho digestivo, estando aqui incluidas as cirurgias do fígado, vias biliares e pâncreas. Porém em virtude da complexidade desse sistema (hepatobiliopancreático) e do grande porte das cirurgias relacionadas, é tratado muitas vezes como um grupo separado. Nesse grupo […]
Cirurgia Hepatobiliopancreática é um dos grandes grupos de cirurgias que fazem parte da formação do cirurgião do aparelho digestivo, estando aqui incluidas as cirurgias do fígado, vias biliares e pâncreas. Porém em virtude da complexidade desse sistema (hepatobiliopancreático) e do grande porte das cirurgias relacionadas, é tratado muitas vezes como um grupo separado.
Nesse grupo de cirurgias são realizados os tratamentos de doenças benignas e malignas, tais como:
Nódulos hepáticos (nódulos benignos e hepatocarcinoma)
– Cistos hepáticos
– Câncer de vesícula biliar
– Câncer de via biliar (colangiocarcinoma)
– Cistos de pâncreas (benignos e malignos)
– Nódulos de pâncreas (benignos e malignos)
Dor abdominal intensa, náuseas e vômitos, diarreia ou dificuldade para evacuar e sangramento são alguns dos sintomas da Endometriose Intestinal. Isso mesmo a endometriose, já bastante conhecida e difundida pela ginecologia, também pode ser um caso gastroenterológico e é cada vez mais comum no consultório. A Endometriose Intestinal ocorre porque o endométrio, tecido rico em […]
Dor abdominal intensa, náuseas e vômitos, diarreia ou dificuldade para evacuar e sangramento são alguns dos sintomas da Endometriose Intestinal. Isso mesmo a endometriose, já bastante conhecida e difundida pela ginecologia, também pode ser um caso gastroenterológico e é cada vez mais comum no consultório.
A Endometriose Intestinal ocorre porque o endométrio, tecido rico em glândulas e vasos sanguíneos que reveste internamente o útero, se desenvolve em torno das paredes do intestino dificultando o funcionamento do órgão. Dor na região pélvica, e durante a relação sexual, e ciclos menstruais irregulares também podem ser ocasionados pela doença, que afeta cerca de 27% das pacientes acometidas pela endometriose.
Sobre o diagnóstico, nós solicitamos a realização de exames de imagem para que possamos visualizar o tecido endometrial com maior clareza e precisão, podendo assim iniciarmos o tratamento que pode ser medicamentoso ou cirúrgico. O que nós solicitamos à paciente é que, após o tratamento, seja feito o acompanhamento como uma forma de verificar se a doença não voltou, porque existe essa possibilidade.
A dica primordial é fazer os exames de rotina e uma vez que a paciente sentir qualquer incômodo, procurar o médico especialista.
Dr. Marcelo Gonçalves- Cirurgião do Aparelho Digestivo
CRM 5438
Dor abdominal intensa, náuseas e vômitos, diarreia ou dificuldade para evacuar e sangramento são alguns dos sintomas da Endometriose Intestinal. Isso mesmo a endometriose, já bastante conhecida e difundida pela ginecologia, também pode ser um caso gastroenterológico e é cada vez mais comum no consultório. A Endometriose Intestinal ocorre porque o endométrio, tecido rico em […]
O pâncreas é uma glândulado sistemas digestivo e endócrino, com cerca de 12,5 cm, situada atrás do estômago, entre o intestino e o baço, sendo composta por três regiões: cabeça, que se encaixa no duodeno, o corpo e a cauda, que é a parte final.
Possui duas funções: produzir enzimas para digestão e metabolismo denutrientes; e produção de hormônios, como a insulina e glucagon, os quais regulam autilizaçãodos açúcares.
Os sinais e sintomas de problemas no pâncreas são: dor abdominal, podendo iniciar de forma súbita e tornar-se mais forte e contínua, no centro do abdômen,dor nas costas, olhos amarelados,diarreia com gordura nas fezes, náuseas e vômitos.
O câncer de pâncreas começa quando as células anormais dentro do pâncreas crescem fora de controle e formam um tumor. Mais de 95% são tumores exócrinos que começam nas células que produzem enzimas, sendo os adenocarcinomas. Mas há outros tipos, como: os tumores neuroendócrinos pancreáticos que representam menos de 5% e crescem mais lentamente.
Estima-se que em 2020, 480 mil novos casos de câncer de pâncreas serão diagnosticados globalmente, com taxa de sobrevida muito baixa, sendo o único, em cinco anos, com um dígito (2 a 9%). Diariamente, 1.250 pessoas serão diagnosticados e 1.180 morrerão no mundo, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
Os pacientes são assintomáticos nos estágios iniciais, dificultando o diagnóstico precoce, sendo o diagnóstico possível a partir de achados de exames solicitados com outras hipóteses. Os sintomas são vagos e inconstantes, variando para cada pessoa,sendo estes: dor abdominal, perda de peso inexplicável, pele amarela ou olhos, mudança nas fezes, diabetes de início recente e problemas digestivos.
A causa,geralmente, é desconhecida, mas há fatores de risco como: história familiar de câncer, diabetes, pancreatite (crônica ou hereditária), tabagismo, obesidade, etnia, idadee obesidade.Algumas lesões encontradas em exames merecem atenção especial, sendo essas: dilatação dos ductos, cistos complexos e lesões heterogêneas, que algumas vezes, são pré neoplásicas e necessitarão de observação ou cirurgia.
O tratamento varia com o estádiodo câncer e da saúde do paciente, onde,dependendo do estágio do tumor, fará uma quimioterapia antes de operar e em outras situações, depois,mas se possível, remover o câncer, antes ou depois da quimio ou radioterapia.
As operações são os procedimentosque removema cabeça do pâncreas e outros órgãos, ou removem o corpo e a cauda e dificilmente, retira-se todo o pâncreas. São grandes cirugias com riscos de complicações como fístulas ou diabetes, mas que podem ser feitas por métodos pouco invasivos. Entretanto na maioria, em virtude do diagnóstico tardio,será possívelapenas procedimentos paliativos, para melhora da qualidade de vida e aliviodos sintomas.
Todos os sinais ou sintomas apresentados aqui, podem ter várias outras causas, pois são semelhantes de outras patologias, mas se são regulares, persistentes, progressivas e não normais para você, não os ignore, converse com um especialista o mais rápido possível e faça referência ao câncer de pâncreas. Se um amigo ou membro da sua família tiver algum destes sintomas, diga-lhes para fazer o mesmo.
Em 15 de novembro de 2018, as pessoas em todo o mundo se uniram para exigir melhoria na luta contra o câncer mais difícil do mundo, no Dia Mundial do Câncer Pancreático. Através deste esforço combinado, traz-se uma maior atenção, consciência e melhores resultados para esta doença mortal. Se o câncer de pâncreas é encontrado cedo, é mais tratável, então visitar o seu médico pode salvar sua vida.
A doença no aparelho digestivo está relacionada a hábitos alimentares Quando se trata de câncer, a prevenção ainda é a melhor alternativa. A manutenção de hábitos saudáveis pode colaborar nesse processo, sobretudo, em caso de cânceres do aparelho digestório. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar (INCA), os que […]
A doença no aparelho digestivo está relacionada a hábitos alimentares
Quando se trata de câncer, a prevenção ainda é a melhor alternativa. A manutenção de hábitos saudáveis pode colaborar nesse processo, sobretudo, em caso de cânceres do aparelho digestório. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar (INCA), os que acometem essa região do corpo são mais comuns em países em desenvolvimento devido à alimentação precária de parte da população.
O cirurgião do aparelho digestório Marcelo Gonçalves, especialista Gastroenterologia Cirúrgica, explica que há uma relação direta entre a má alimentação e os riscos do desenvolvimento do câncer nessa região. “Sabidamente a ingestão aumentada de gordura saturada, proveniente principalmente da carne vermelha, aumenta a possibilidade. Existe também relação com a quantidade de calorias ingeridas, sendo o maior risco em pessoas obesas” afirma.
Por outro lado, o médico esclarece que as fibras vegetais atuam no organismo como um fator protetor. “A fibra age promovendo uma maior velocidade de passagem do alimento dentro do intestino, diminuindo o tempo de contato entre as substâncias carcinogêneas (que causam câncer) encontradas nos alimentos e na parede intestinal ”, ressalta.
No entanto, mesmo cuidando da alimentação, é preciso ficar atento aos sintomas que o corpo apresenta. Por isso, é fundamental conhecer o próprio organismo e entender o que é normal e quando acontece algo incomum, como aconteceu no caso da enfermeira aposentada, Maria Bernadete Silveira, 59. Com fortes dores na região abdominal, a aposentada procurou um especialista para consulta de rotina. A princípio, acreditou-se que as dores estavam associadas ao problema de gastrite que ela já tratava e, mesmo com exames, nada foi detectado. Após cerca de três anos com dores frequentes e exames mais rigorosos, detectou-se um semioclusão na alça do intestino delgado.
“Fui para a sala de cirurgia e tentaram desobstruir a semioclusão por videolaparoscopia, mas não conseguiram. Nesse procedimento, encontraram um tumor, retiraram 24cm do intestino para biópsia e o resultado foi um carcinoma neuroendócrino, que é um tumor que se desenvolve a partir de células do sistema endócrino. Passei então um ano fazendo quimioterapia e com uma alimentação restrita”, explica Maria Bernadete.
O sintoma apresentado pela enfermeira é um dos mais frequentes em pessoas que têm algum problema no aparelho digestório. Além de dores abdominais persistentes, Dr. Marcelo Gonçalves afirma que outras características comuns são “ empachamento, fezes escurecidas, vômitos de repetição, mudanças recentes na coloração da pele e do olho para amarelo, mudanças no hábito intestinal (Constipação ou diarreia) por semanas, perda de peso significativa em alguns meses sem motivo aparente, aumento do volume abdominal e massa palpável”.
Porém é necessário entender que esses sintomas e características são comuns em pessoas adultas com câncer, mas não significam, obrigatoriamente, a ocorrência da doença. Por causa disso, o recomendado é procurar um especialista assim que perceber que algo está diferente no organismo, principalmente aqueles que têm histórico familiar de câncer, pois a detecção precoce do problema proporciona um tratamento mais eficaz e uma consequente qualidade de vida.
Cânceres do aparelho digestivo mais comuns
Estômago: Também denominado câncer gástrico, os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma, linfoma e leiomiossarcorma.
Estimativa de novos casos no Brasil:
20.520, sendo 12.920 em homens e 7.600 em mulheres (2017)
Estimativa de novos casos na Paraíba:
410, sendo 230 em homens e 180 em mulheres (2017)
Colorretal: O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
Estimativa de novos casos no Brasil:
34.280, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres (2017)
Estimativa de novos casos na Paraíba:
270, sendo 120 em homens e 150 em mulheres (2017)
Esôfago: No Brasil, os tipos de esôfago mais frequentes são o carcinoma epidermoide escamoso e o adenocarcinoma, que vem aumentando significativamente.
A cirurgia videolaparoscópica representa o maior avanço da cirurgia contemporânea. Atualmente, esta modalidade cirúrgica é considerada minimamente invasiva, pois é realizada através de pequenas incisões ou cortes no abdômen. Outras técnicas minimamente invasivas vêm merecendo a atenção no mundo todo e, em breve, devem entrar para o arsenal diagnóstico e terapêutico das doenças do aparelho […]
A cirurgia videolaparoscópica representa o maior avanço da cirurgia contemporânea. Atualmente, esta modalidade cirúrgica é considerada minimamente invasiva, pois é realizada através de pequenas incisões ou cortes no abdômen. Outras técnicas minimamente invasivas vêm merecendo a atenção no mundo todo e, em breve, devem entrar para o arsenal diagnóstico e terapêutico das doenças do aparelho digestivo como cirurgia por orifícios naturais, por mini-incisão única e cirurgia robótica.
O abdômen é insuflado com dióxido de carbono gasoso, elevando a parede abdominal acima dos órgãos internos para criar um espaço de trabalho e visualização. O CO2 é comum ao corpo humano e pode ser absorvido pelo tecido e removido pelo sistema respiratório, além de não ser inflamável – o que é bem importante, pois os dispositivos eletrocirúrgicos são comumente usados em procedimentos laparoscópicos. Neste procedimento, há introdução de uma microcâmera e pinças compridas e delicadas através de portais (trocateres) colocados na cavidade abdominal por meio de pequenas incisões ou punções. A imagem captada no interior do abdômen é retransmitida através de um monitor especial.
Há uma série de vantagens para o paciente com a cirurgia laparoscópica em relação ao procedimento aberto. São elas: diminuição da dor no pós-operatório, menor tempo de internação, menos trauma operatório, melhor resultado cosmético, com cicatrizes menores, retorno mais rápido às atividades rotineiras e menor índice de infecção de ferida cirúrgica.
É possível realizar quase todos os tipos de cirurgia abdominal pelo método laparoscópico, sendo considerado um avanço na cirurgia geral e do aparelho digestivo, como: biópsias, tratamento de neoplasias do aparelho digestivo (esôfago, estômago, intestino, reto, pâncreas e fígado), lesões pancreáticas e hepáticas benignas, hérnias da parede abdominal, doença do refluxo, retirada da vesícula, retirada do apêndice, esplenectomia, cirurgias bariátricas, patologias ginecológicas (endometriose) e, importantíssimo, em casos duvidosos na urgência, servindo como diagnóstico e tratamento.
As afecções a serem abordadas por videolaparoscopia permanecem com as mesmas indicações daquelas da cirurgia convencional, sendo uma contraindicação absoluta para esta abordagem a impossibilidade do paciente ser submetido a anestesia geral. Todos os pacientes devem ter suas condições cardiovasculares e respiratórias analisadas antes da decisão quanto à sua abordagem. A escolha da videolaparoscopia implica na criteriosa seleção dos pacientes, com base na doença a ser tratada, na experiência e treinamento do cirurgião, na infraestrutura hospitalar e na tecnologia disponível.
Algumas situações como grandes tumores, coagulopatias, aderências, distensão do intestino e cirurgias mais complexas, representam obstáculos para esta técnica, sendo de grande importância a experiência e o discernimento do cirurgião, onde este método pode ser convertido para a cirurgia convencional de acordo com as circunstâncias, por necessidade ou por prudência, levando em consideração a segurança do paciente.
Concluindo, a cirurgia laparoscópica não é uma cirurgia experimental, representa uma evolução da cirurgia digestiva. Ela já é realizada há muito tempo em grandes centros médicos do mundo inteiro, sempre buscando o melhor resultado e uma maior segurança para o paciente.
Nos últimos 30 anos, as taxas de obesidade quase dobraram. No Brasil, metade da população apresenta excesso de peso e 17% de obesidade. Apesar dos fatores genéticos e das substâncias que estimulam a ingestão de comida, a obesidade é reflexo direto dos hábitos da vida moderna, ausência de atividade física e alimentação de alto valor […]
Nos últimos 30 anos, as taxas de obesidade quase dobraram. No Brasil, metade da população apresenta excesso de peso e 17% de obesidade. Apesar dos fatores genéticos e das substâncias que estimulam a ingestão de comida, a obesidade é reflexo direto dos hábitos da vida moderna, ausência de atividade física e alimentação de alto valor calórico, sem qualidade nutricional.
Os maiores problemas dos obesos são: autoimagem, cobrança social, preconceitos, limitações físicas e riscos muito maiores de câncer, derrame, refluxo, esteatose hepática, cirrose, infarto, hipertensão, colesterol alto, diabetes, doença renal, infertilidade, artrite e apneia do sono. Com isso, os obesos mórbidos podem reduzir em até oito anos a expectativa de vida.
Para classificar a obesidade, utiliza- se a relação do peso com a altura e Índice de Massa Corporal (IMC), mas as avaliações dos distúrbios metabólicos e da distribuição corporal das massas são importantes para definir o tratamento. A primeira opção de tratamento é o clínico, que inclui dieta, exercícios, medicação e acompanhamento com endocrinologista, educador físico, nutricionista e psicólogo. O objetivo é trocar o cenário de sedentarismo e má alimentação pela atividade física e dieta balanceada.
Quando a obesidade prejudica a saúde e o tratamento clínico falha, a cirurgia é a opção, levando em conta o IMC e as doenças relacionadas, chamadas de “comorbidades”. O método é conhecido popularmente como “redução de estômago”, mas vai além da estrita redução do estômago ou desvio do intestino, tendo papel no controle metabólico e na modificação da saciedade. O preparo, antes e após a cirurgia, deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, que exige profissionais indispensáveis ao bom resultado.
Os candidatos à cirurgia apresentam falha no tratamento clínico e IMC acima de 40kg/m2 ou entre 35kg/m2 e 40Kg/m2, com comprometimento da saúde em razão do excesso de peso. Alguns pacientes ainda não contemplados pelas normas atuais do CFM (Conselho Federal de Medicina) para cirurgia bariátrica (diabético obeso grau 1 e tratamento clínico ruim), são beneficiados nos recentes estudos em algumas situações especiais pela chamada cirurgia metabólica.
Há quatro modalidades aprovadas de cirurgia bariátrica: banda gástrica, duodenal switch, by pass gástrico e gastrectomia vertical (sleeve). Cabe ao médico apresentá-las ao paciente e recomendar a mais apropriada para cada caso, baseando-se nos exames, na previsão do seguimento pós-operatório, perda de peso e nas comorbidades, principalmente diabetes e refluxo. Atualmente, técnicas laparoscópicas (menos invasivas) oferecem melhor visualização e acesso das estruturas anatômicas, diminuindo dores, reduzindo tempo de internação, retorno mais rápido às atividades e perda de peso semelhante.
O paciente deve entender e concordar com as novas necessidades dietéticas, com o acompanhamento da equipe, o controle das carências nutricionais, a rotina de exercícios e a compreensão das mudanças, adquirindo estilo de vida saudável de forma fácil e suave já no pré-operatório.
A cirurgia de perda de peso é continuamente aperfeiçoada para melhorar resultados e minimizar riscos, com um conjunto de dados clínicos que suportam o uso, comprovadamente seguro e eficaz, sendo o sucesso definido ao atingir a perda de 50% ou mais do excesso de peso – mantido por ao menos cinco anos.
O peso perdido depende da idade, peso inicial, comorbidades, tipo de cirurgia, prática de exercícios, compromisso com as dietas, motivação e cooperação da família e amigos. A equipe multidisciplinar é fundamental, tirando todas as dúvidas, diminuindo riscos e colaborando para o melhor resultado.
Os benefícios da cirurgia são perda de peso, melhora das doenças associadas, diminuição da mortalidade, longevidade e qualidade de vida. Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais. O procedimento deve ser feito em hospital com ótima estrutura, cuidados especializados e por médicos comprovadamente capacitados, que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo CFM e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Divertículos são projeções ou herniações laterais da parede de um órgão. A doença diverticular ou diverticulose são termos empregados para definir a presença de divertículos adquiridos ao longo do cólon, mas que podem ser congênitos, raramente associados com inflamação. Diverticulite é a apresentação mais comum da doença, com inflamação destes divertículos. A prevalência da diverticulose […]
Divertículos são projeções ou herniações laterais da parede de um órgão. A doença diverticular ou diverticulose são termos empregados para definir a presença de divertículos adquiridos ao longo do cólon, mas que podem ser congênitos, raramente associados com inflamação. Diverticulite é a apresentação mais comum da doença, com inflamação destes divertículos.
A prevalência da diverticulose é maior nos países industrializados e com o aumento da idade, superando os 30% na 5º década da vida e 50% entre 80 e 90 anos. A urbanização e as modificações no padrão da dieta, pobre em fibras e rica em proteína animal, são fatores de aumento da incidência.
As herniações ocorrem em pontos de fragilidade do intestino, secundária ao aumento da pressão luminar necessária para propulsão das fezes, onde quanto menos fibra há na luz do intestino, maior a pressão. O local mais acometido do intestino grosso é no sigmoide, localizado na região inferior esquerda do abdômen, pois têm menor diâmetro, assim exigindo mais esforço no trânsito das fezes.
Somente 20% dos pacientes com diverticulose terão diverticulite. A inflamação é atribuída à obstrução do divertículo por pequenos fragmentos de fezes e alterações da microbiota do intestino, cuja composição varia em decorrência de infecções intestinais, uso de antibióticos, dietas e cirurgias digestivas; podendo uma crise, ser o gatilho para a síndrome do intestino irritável.
Dor abdominal, distensão e flatulência, podem ser sintomas de inflamação leve. Nas diverticulites, propriamente ditas, pode haver febre e dor mais forte, geralmente, no sigmoide, sendo alguma vezes palpável. As diverticulites são complicadas em 35% das vezes com fístulas, obstruções, abscessos, dor difusa no abdômen e, até, infecções generalizadas. Há quadros também de sangramentos, mas em 85% dos casos param espontaneamente.
O tratamento da diverticulite não complicada pode ser feito, internando ou não, com mudanças dietéticas, hidratação, anti-inflamatórios, próbióticos e antibióticos, sendo normalmente bem-sucedido. Alguns pacientes terão persistência de sintomas ou recorrência de crises, que variam de 24% a 53% nos trabalhos.
Uma Tomografia deverá avaliar as formas complicadas, onde além do tratamento clínico, pode necessitar drenagens por punção de abcessos ou cirurgia, estas com grande chance do uso de colostomias. Estes riscos estão sendo diminuídos com os novos conceitos conservadores das cirurgias videolaparoscópicas, melhora no tratamento clínico e diminuição das indicações de cirurgias de urgência.
Tradicionalmente, a retirada eletiva parcial do intestino foi recomendada para jovens, doença complicada ou que sofreram 2 ou mais episódios de diverticulite não complicada. No entanto, há evidências crescentes que sugerem que o histórico natural da doença pode ser mais benigno e o risco de uma recorrência complicada que requer uma operação de emergência pode ser baixo, levando muitos a desafiar as indicações tradicionais para a cirurgia, considerado o mais rentável quando a cirurgia eletiva é realizada após 3 a 4 episódios e que a idade não muda a indicação.
Entretanto, a cirurgia eletiva pode estar associada à melhoria da qualidade de vida e redução da dor abdominal, tratamento médico e readmissão. Atualmente, o tempo ideal de cirurgia para pacientes com doença recorrente ainda não está claro; as diretrizes atuais recomendam estratégias individualizadas com base na gravidade, persistência ou cronicidade dos sintomas, qualidade de vida e condição geral do paciente.
Nos pacientes com indicativos de cirurgia, a evidência atual é que seja feita por videolaparoscopia, tanto, na maioria dos casos de urgência quanto nos, eletivos, trazendo menor tempo de internação, menor jejum, menos dor e complicações. Os pacientes devem procurar um especialista que esteja habilitado a lidar com a doença diverticular, para definir a melhor estratégia para o caso.
Considera-se minimamente invasiva toda cirurgia que para um mesmo propósito apresenta menor agressão aos tecidos do corpo que as cirurgias ditas como aberta. As menores incisões geram menores cicatrizes e o tempo de recuperação do paciente é reduzido. A história da medicina expressa uma constante evolução fundamentada no desenvolvimento técnico e na aplicação de novas […]
Considera-se minimamente invasiva toda cirurgia que para um mesmo propósito apresenta menor agressão aos tecidos do corpo que as cirurgias ditas como aberta. As menores incisões geram menores cicatrizes e o tempo de recuperação do paciente é reduzido.
A história da medicina expressa uma constante evolução fundamentada no desenvolvimento técnico e na aplicação de novas tecnologias, estimulada pela curiosidade humana e por um desejo de melhores resultados. Na cirurgia do aparelho digestivo não foi diferente, onde no início do século XX, com a utilização de novos equipamentos e instrumentais, foi possível o acesso ao interior da cavidade abdominal com instrumentos ópticos, introduzidos por pequenas incisões.
Este método, denominado Laparoscopia, evoluiu significantemente ao longo do século, tornando-se um procedimento diagnóstico e terapêutico fundamental, tanto em patologias eletivas, incluindo as oncológicas, quanto em patologias que necessitam de urgência.
O aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas tem levado o cirurgião do aparelho digestivo a procurar vias de acesso cada vez menos invasivas, que provoquem um trauma menor, com menos dor, levando a uma recuperação rápida, bem menos incômoda, com menor tempo de internação, menor lesão dos tecidos, menor resposta metabólica, menor risco de infecção, mas que seja segura e, se possível, tenha um melhor desfecho estético, mesmo não sendo este o principal objetivo, nem razão principal do desenvolvimento da técnica.
As indicações e o planejamento cirúrgico, geralmente são iguais às técnicas abertas, assim a Laparoscopia pode ser empregada para cirurgias da vesícula biliar, nas hérnias inguinais e incisionais, nos cânceres do aparelho digestivo, no fígado, no pâncreas, no refluxo gastroesofágico, na cirurgia da obesidade, nas doenças diverticulares, na endometriose, nas apendicites e em tantas outras.
O conceito de cirurgia segura, envolve medidas adotadas para redução do risco de eventos adversos, dimuição dos problemas, que podem acontecer antes, durante e depois das cirurgias, sendo estes cuidados extremante importante para cirurgias minimamente invasivas. Complicações e maus resultados são encontradas em todas as técnicas, mas não devemos atribuir à via de acesso.
Eventos adversos cirúrgicos são incidentes que resultam em dano ao paciente. Vários passos são importantes para segurança do procedimento: promover cuidado baseado nas melhores práticas (Medicina Baseada em Evidência), padronizar para ter sistemas mais seguros, usar o acesso à informação para dar suporte à decisão clínica e evitar se apoiar na memória, procurar melhorar constantemente o conhecimento e as habilidades com treinamentos, desenvolver times eficazes, aumentar os cuidados em salas cirúrgicas, com a realização de chek- -list de segurança antes da anestesia, antes do procedimento e antes da saída do centro cirúrgico, além de avaliar constatemente todos os processos e resultados.
Hoje, a incerteza quanto à segurança e os benefícios dos métodos minimamente invasivos são indiscutíveis, temos cirurgias bariátricas com melhores resultados, pós-operatório de hérnias, com menos dor e mais rápido retorno ao trabalho, menos tempo de dúvidas diagnósticas em pronto socorro, diagnósticos precoces de apendicite, tratamentos menos traumáticos de diverticulite e hérnia de hiato, cirurgias hepáticas, pancreáticas e cirurgias oncológicas com mesmo padrão das abertas e aproveitando os benefícios da técnica.
A partir do advento das técnicas menos invasivas, tem ocorrido tentativas para o aperfeiçoamento e melhoria deste fantástico avanço na arte e na ciência da cirurgia digestiva. Novas abordagens estão sendo estudadas, avaliando assistência ao paciente, segurança, satisfação e relação custo-benefício. Há diversas tecnologias paralelas, como a realidade virtual e sua aplicação no ensino cirúrgico, a robótica em cirurgia, telemedicina e o ensino a distância, todas elas com aplicação prática promissora. Um novo mundo está sendo aberto para nossa realidade cirúrgica.
Algumas situações como grandes tumores, coagulopatias, aderências, distensão do intestino e cirurgias mais complexas, representam obstáculos para esta técnica, sendo de grande importância a experiência e o discernimento do cirurgião, onde este método, pode ser convertido para a cirurgia convencional de acordo com as circunstâncias, por necessidade ou por prudência, levando em consideração a segurança do paciente. Importante afirmar que as técnicas abertas continuam com bons resultados e devem sere vistas com bons olhos.
A cirurgia minimamente invasiva é segura, não é uma cirurgia experimental, representa uma evolução da cirurgia digestiva. Ela já é realizada e há muito tempo em grandes centros médicos do mundo inteiro, sempre buscando o melhor resultado e uma maior segurança para o paciente. Uma avaliação com um cirurgião com especialidade em cirurgia digestiva, habilitado e treinado é fundamental para o sucesso da técnica.
Fonte: rsaude.com.br
A Doença do Refluxo Gastroesofágico é uma das afecções mais frequentes na prática médica, havendo piora na qualidade de vida e gastos constantes. A obesidade, a falta de atividade física, o estresse e o padrão alimentar, exercem papéis importantíssimos nesta patologia, enquanto eles não forem controlados, possivelmente o tratamento ficará mais difícil. As queixas podem […]
A Doença do Refluxo Gastroesofágico é uma das afecções mais frequentes na prática médica, havendo piora na qualidade de vida e gastos constantes.
A obesidade, a falta de atividade física, o estresse e o padrão alimentar, exercem papéis importantíssimos nesta patologia, enquanto eles não forem controlados, possivelmente o tratamento ficará mais difícil.
As queixas podem ser típicas ou atípicas, variando de queimação ou azia, até tosse crônica, asma, rouquidão, dor torácica, pneumonias, pigarro, sinusites, desgaste nos dentes, halitose, aftas e desconforto no pescoço.
Sintomas durante ou com frequência de duas vezes por semana, com história de 4 a 8 semanas, devem caracterizar portadores da doença, onde o refluxo ocasional, não significa, obrigatoriamente, ser portador da doença.
Os achados na endoscopia digestiva são bastantes variados, havendo pacientes com exame normal, mas com a doença; e outros com hérnia de hiato, feridas, estreitamentos ou mudança no padrão do “piso” do esôfago, o chamado esôfago de Barrett, que têm potencial de malignização em 0,2% a 2,1% ao ano.
A intensidade e a frequência dos sintomas são fracos preditores da presença ou gravidade da esofagite, entretanto, a duração da doença está associada ao esôfago de Barrett, presente em 10% a 15% dos pacientes com sintomas crônicos.
Nos pacientes com sintomas típicos com resposta insatisfatória com o tratamento medicamentoso e mudanças de hábito de vida, naqueles com endoscopia normal e rebeldes ao tratamento, nas manifestações atípicas e na possibilidade de doenças que atrapalhem a movimentação do esôfago, serão necessários outros exames como: manometria, pHmetria ou impedanciometria.
Medidas comportamentais e farmacológicas, têm excelentes resultados, mas depende do paciente estar ciente de que é portador de uma enfermidade crônica e, por isso, é fundamental adotar todas as medidas propostas. A educação dos pacientes quanto às modificações ao seu estilo de vida é de suma importância e devem ser discutidas com o seu médico.
Existe tratamento cirúrgico? Sim, mas é de extrema importância a conversa com o especialista, sobre os prós e os contras. O resultado é muito bom, quando realizado após uma investigação e terapêutica correta, no paciente certo, na hora certa, no local certo e com a técnica certa; caso contrário aparecerão outros sintomas, com qualidade de vida ainda ruim e as chances de maiores de recidivas. Entretanto, quando todos os fatores estão corretos, aí temos resultados ótimos.
Deve-se considerar Cirurgia: resposta insatisfatória ao tratamento clínico, nas manifestações atípicas com refluxo comprovado e dependência medicamentosa, necessidade de tratamento contínuo em jovens, custo alto do tratamento em longo prazo, hérnia de hiato sintomática e nas complicações: Barrett, estenoses, úlceras e sangramentos, com resposta insatisfatória ao tratamento. Pacientes com evolução ruim do esôfago de Barrett, podem necessitar de cirurgia ou não, combinada com retirada endoscópica da lesão.
A cirurgia, geralmente, consiste na recolocação do esôfago no abdômen, aproximação dos músculos do diafragma e envolvimento do esôfago distal pelo fundo gástrico (fundoplicatura), realizada por Laparoscopia, com pequenas incisões, baixo índice de complicação, alimentação precoce, pouca dor, pequeno tempo de internação e retorno precoce às atividades. Há outras modalidades, mas que devem ser avaliadas caso a caso.
Em caso de dúvidas, procure um especialista, pois o tratamento cirúrgico poderá ter indicação para você.
A presença de cálculos na vesícula biliar é chamada de Colelitíase. Esses cristais ou cálculos merecem atenção especial dos pacientes e especialistas, pois podem, quando grandes, obstruir o fluxo de saída da bile e causar inflamação da vesícula biliar (colecistite). Por outro lado, cálculos menores podem causar coledocolitíase, caso migrem para a via biliar que […]
A presença de cálculos na vesícula biliar é chamada de Colelitíase. Esses cristais ou cálculos merecem atenção especial dos pacientes e especialistas, pois podem, quando grandes, obstruir o fluxo de saída da bile e causar inflamação da vesícula biliar (colecistite). Por outro lado, cálculos menores podem causar coledocolitíase, caso migrem para a via biliar que comunica a vesícula e o fígado ao intestino, passando pelo pâncreas, onde, por sua vez, é capaz de provocar infecção nessas vias biliares (colangite) ou inflamação no pâncreas (pancreatite). Além de que, cálculo grande é um fator de risco para neoplasia de vesícula biliar com o passar dos anos.
Os cristais podem ser formados por uma grande variedade de substâncias, porém as mais comuns são: pedras negras: formadas por sais de cálcio e bilirrubina; mais comuns em portadores de anemia, cirrose e infecções no trato biliar. Pedras amarelas: pedras de colesterol, mais comuns após perdas bruscas de peso. Podem ser esverdeadas, se contém biliverdina, o precursor da bilirrubina. Pedras marrons: caracterizam a maior parte dos casos, cerca de 80%, contém colesterol, bilirrubina, sais de cálcio e bactérias.
Os cálculos variam bastante em forma e tamanho, dependendo de sua composição. Os pequenos são mais perigosos, pois podem migrar e obstruir os ductos, mas os grandes podem irritar a vesícula em longo prazo ser um fator de risco para câncer. Na vesícula, são formados vários cristais pequenos, ou um único cristal grande, na maioria das vezes.
A Colelitíase se forma, geralmente, quando há modificação da composição dos seus componentes: colesterol ou pigmentos biliares, ou proteínas, ou fosfolipídios. Assim, os fatores de risco são: mulheres em idade fértil, mais de 40 anos, sobrepeso ou obesidade, gravidez, dieta rica em gordura, dieta rica em colesterol ruim, dieta pobre em fibras e rica em carboidratos, história familiar de cálculos, diabetes ou intolerância à glicose, perda de peso muito rapidamente, jejum prolongado, cirrose, doença de Crohn e alguns medicamentos, principalmente com estrogênio.
A maior parte desses pacientes não apresentam sintomas por muitos anos, sendo descobertos, os cálculos, em exames de rotina ou solicitados por outros motivos. Em 25% dos casos, os sintomas são de dor abdominal em cólica, mas, quando numerosas ou muito grandes, as dores podem se intensificar rapidamente na parte superior direita do abdômen, centro superior, dor nas costas podendo, até, irradiar para o ombro direito. A ultrassonografia, sendo um exame com alta sensibilidade para o diagnóstico e quando associado com alguns exames laboratoriais, podem sugerir alguma migração das pedras para os ductos biliares.
A dor pode durar de vários minutos a algumas horas ou, em casos mais complexos, a persistência dela associada com febre ou pele e conjuntiva amareladas (icterícia), necessitam de uma investigação mais detalhada de migração.
Nos casos sintomáticos, analgésicos e anti-inflamatórios aliviam a dor, mas o tratamento de escolha é a remoção total da vesícula biliar, chamada de colecistectomia, principalmente nos quadros agudos de inflamação. Nesse caso, a opção indicada seria por videolaparoscopia, exceto em pacientes extremamente graves, que devem submeter-se apenas à drenagem da bile e antibióticos.
Outras formas de tratamentos encontradas na literatura, como litotripsia, antiespasmódicos, anticolinérgicos, ácido desoxicólico ou ácido ursulcólico, e outros, dependem do tipo do cálculo, da função da vesícula e do estado do paciente, devendo ser utilizadas em casos específicos. Os resultados das modalidades não cirúrgicas apresentam altos índices de recorrência, não evitam sintomas e não apresentam os bons resultados do tratamento cirúrgico, assim não são utilizados na rotina clínica.
A decisão de cirurgia para os cálculos assintomáticos, deverá ser baseada na condição clínica do paciente, no aspecto e tamanho dos cálculos, nas sintomatologias associadas e na presença de outras doenças, principalmente do estômago, devendo o paciente fazer uma avaliação com um especialista para que seja ponderado o risco e o benefício do procedimento e sanadas suas dúvidas, visto que, a conduta deverá ser direcionada para cada caso.
O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino, medindo cerca de 12,5 cm, situada atrás do estômago, entre o intestino e o baço, sendo composta por três regiões: cabeça, que se encaixa no duodeno, o corpo e a cauda, que é a parte final. Possui duas funções: produzir enzimas para digestão e metabolismo […]
O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino, medindo cerca de 12,5 cm, situada atrás do estômago, entre o intestino e o baço, sendo composta por três regiões: cabeça, que se encaixa no duodeno, o corpo e a cauda, que é a parte final.
Possui duas funções: produzir enzimas para digestão e metabolismo de nutrientes; e produção de hormônios, como a insulina e glucagon, os quais regulam a utilização dos açúcares.
Os sinais e sintomas de problemas no pâncreas são: dor abdominal, podendo iniciar de forma súbita e tornar- se mais forte e contínua no centro do abdômen, dor nas costas, olhos amarelados, diarreia com gordura nas fezes, náuseas e vômitos.
O câncer de pâncreas começa quando as células anormais dentro do pâncreas crescem fora de controle e formam um tumor. Mais de 95% são tumores exócrinos que começam nas células que produzem enzimas, sendo os adenocarcinomas. Mas há outros tipos, como: os tumores neuroendócrinos pancreáticos que representam menos de 5% e crescem mais lentamente
Estima-se que em 2020, 480 mil novos casos de câncer de pâncreas serão diagnosticados globalmente, com taxa de sobrevida muito baixa, sendo o único, em cinco anos, com um dígito (2 a 9%). Diariamente, 1.250 pessoas serão diagnosticados e 1.180 morrerão no mundo, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
Os pacientes são assintomáticos nos estágios iniciais, dificultando o diagnóstico precoce, sendo o diagnóstico possível a partir de achados de exames solicitados com outras hipóteses. Os sintomas são vagos e inconstantes, variando para cada pessoa, sendo estes: dor abdominal, perda de peso inexplicável, pele ou olhos amarelos, mudança nas fezes, diabetes de início recente e problemas digestivos.
A causa, geralmente, é desconhecida, mas há fatores de risco como: história familiar de câncer, diabetes, pancreatite (crônica ou hereditária), tabagismo, etnia, idade e obesidade. Algumas lesões encontradas em exames merecem atenção especial, sendo essas: dilatação dos ductos, cistos complexos e lesões heterogêneas, que algumas vezes, são pré neoplásicas e necessitarão de observação ou cirurgia.
O tratamento varia com o estágio do câncer e da saúde do paciente, onde, dependendo do estágio do tumor, faz – se a quimioterapia antes de operar e em outras situações, faz – se a quimioterapia ou radioterapia depois de operar.
As operações são procedimentos que removem a cabeça do pâncreas e outros órgãos, ou removem o corpo e a cauda e dificilmente retira-se todo o pâncreas. São grandes cirugias com riscos de complicações, como, fístulas ou diabetes, mas que podem ser feitas por métodos pouco invasivos. Entretanto na maioria, em virtude do diagnóstico tardio, será possível apenas procedimentos paliativos, para melhora da qualidade de vida e alivio dos sintomas.
Todos os sinais ou sintomas apresentados aqui, podem ter várias outras causas, pois são semelhantes de outras patologias, mas se são regulares, persistentes, progressivos e não normais para você, não os ignore, converse com um especialista o mais rápido possível e faça referência ao câncer de pâncreas. Se um amigo ou membro da sua família tiver algum destes sintomas, diga-lhes para fazer o mesmo.
Colecistite nada mais é do que a inflamação da vesícula biliar que se desenvolve, na maioria dos casos, quando uma pessoa possui cálculos biliares. Uma vez que isso acontece, as pedrinhas podem se desprender da vesícula e bloquear o canal em que a bile sai, fazendo com que o líquido fique preso ali. Essa doença […]
Colecistite nada mais é do que a inflamação da vesícula biliar que se desenvolve, na maioria dos casos, quando uma pessoa possui cálculos biliares. Uma vez que isso acontece, as pedrinhas podem se desprender da vesícula e bloquear o canal em que a bile sai, fazendo com que o líquido fique preso ali.
Essa doença pode ser tanto aguda quanto crônica. Na primeira, uma dor muito forte acontece de forma repentina na parte de cima do abdômen e dura em torno de 6 a 8 horas. Na segunda, as dores acontecem periodicamente conforme os cálculos bloqueiam o ducto cístico, sendo necessário as vezes uma visita urgente ao hospital.
Pelo menos 20% das mulheres e 8% dos homens acima dos 40 anos possuem cálculos na vesícula, de acordo com especialistas. Gestantes, mulheres que usam pílulas anticoncepcionais e pessoas obesas também correm o risco maior de desenvolver a doença.
Os sintomas da colecistite são náuseas, dor forte no lado direito do abdômen, febre, vômitos e amarelamento de tecidos (icterícia). O tratamento mais indicado é a remoção da vesícula através de uma cirurgia chamada colescistectomia.
A gastrectomia vertical é um procedimento cirúrgico de perda de peso em que o estômago é reduzido a cerca de 15% do seu tamanho original, por meio da remoção cirúrgica de uma grande porção do estômago ao longo da curvatura maior. O resultado é uma estrutura de manga ou tubo. Procedimento seguro, reconhecido pelo CFM, […]
A gastrectomia vertical é um procedimento cirúrgico de perda de peso em que o estômago é reduzido a cerca de 15% do seu tamanho original, por meio da remoção cirúrgica de uma grande porção do estômago ao longo da curvatura maior.
O resultado é uma estrutura de manga ou tubo.
Procedimento seguro, reconhecido pelo CFM, realizado por vídeo e com ótimos resultados para Cirurgia Bariatrica, mas que deve ser levado em consideração refluxo, expectativa do paciente e diabetes na hora de sua indicação.
Dr. Marcelo Gonçalves (CRM/PB 5438)
– Doutor e Mestre pelo programa de pós graduação da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da UNIFESP/EPM.
– Especialista em Videolaparoscopia e Cirurgia Bariátrica pela AMB.
O câncer de pâncreas, considerado o mais difícil do mundo, é algo que nos preocupa muito, já que a estimativa é de que, em até 2020, 480 mil novos casos sejam diagnosticados globalmente, inclusive com taxa de sobrevida ainda muito baixa, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Mas antes é importante […]
O câncer de pâncreas, considerado o mais difícil do mundo, é algo que nos preocupa muito, já que a estimativa é de que, em até 2020, 480 mil novos casos sejam diagnosticados globalmente, inclusive com taxa de sobrevida ainda muito baixa, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
Mas antes é importante falarmos que o pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino situada atrás do estômago, entre o intestino e o baço, que tem como finalidade produzir enzimas para a digestão e metabolismo de nutrientes além da produzir hormônios importantes como a insulina e o glucacon, reguladores dos açúcares.
Dor abdominal súbita, amarelamento dos olhos e da pele, diarreia com gordura nas fezes, perda de peso, náuseas e vômitos, diabetes recente e problemas digestivos são alguns dos sintomas que podem acender o alerta para câncer de pâncreas. A causa geralmente é desconhecida, mas existem, sim, fatores de risco que devem ser levados em consideração como é o caso do histórico familiar, pancreatite (crônica ou hereditária), obesidade e tabagismo.
O tratamento é cirúrgico e varia de acordo com o estágio da doença e condições do paciente. Importante frisar que se for diagnosticado cedo, o câncer de pâncreas pode ser melhor tratado, então a visita ao médico é essencial.
Marcelo Gonçalves, Cirurgião do Aparelho Digestivo
CRM 5438
Antes de adentrarmos no assunto é importante entendermos que tumor é a proliferação descoordenada de células em qualquer tecido do corpo. Conhecido também por neoplasia, o tumor pode ser benigno ou maligno, sendo neste segundo caso considerado um câncer. Lembrando que o fígado- segundo maior órgão do nosso corpo, perdendo apenas para a pele-é importantíssimo […]
Antes de adentrarmos no assunto é importante entendermos que tumor é a proliferação descoordenada de células em qualquer tecido do corpo. Conhecido também por neoplasia, o tumor pode ser benigno ou maligno, sendo neste segundo caso considerado um câncer.
Lembrando que o fígado- segundo maior órgão do nosso corpo, perdendo apenas para a pele-é importantíssimo no processo de digestão já que é responsável por metabolizar e armazenar nutrientes, transformando a gordura alimentar em energia e eliminando toxinas.
No fígado os tumores benignos não costumam provocar sintomas e são facilmente tratáveis. Já os malignos podem causar perda de peso, inchaço abdominal, mal estar, amarelamento na pele e nos olhos além de coceiras e falta de apetite. A visita ao especialista, os exames de laboratório e de imagem e a biópsia, darão o diagnóstico correto sendo possível assim iniciar o tratamento.
Cirurgia, com retirada de parte do órgão ou transplante, quimio e radioterapia e procedimentos mais pontuais como a ablação e a embolização, que tratam os tumores menores de forma mais incisiva, são alguns dos tratamentos que podem ser feitos, a escolha vai depender das condições e necessidades de cada paciente. É sempre interessante poder reforçar a importância do diagnóstico precoce, que só acontece se o paciente for ao médico regularmente. Quanto mais cedo começar o tratamento, seja ele qual for, maiores as chances de sucesso.
A videolaparoscopia ginecológica serve como exame de diagnóstico ou técnica cirúrgica e é o melhor meio de diagnóstico da endometriose, embora este não seja o primeiro exame realizado, porque é possível saber que é endometriose através de outros exames como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, que são menos invasivos. Para que serve a videolaparoscopia A […]
A videolaparoscopia ginecológica serve como exame de diagnóstico ou técnica cirúrgica e é o melhor meio de diagnóstico da endometriose, embora este não seja o primeiro exame realizado, porque é possível saber que é endometriose através de outros exames como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, que são menos invasivos.
Para que serve a videolaparoscopia
A videolaparoscopia pode ser utilizada tanto como método diagnóstico, como também como opção de tratamento tratamento. Quando utilizada para fins diagnósticos, a videolaparoscopia, também chamada de VL diagnóstica, pode ser útil na investigação e confirmação de:
Endometriose;
Doença peritoneal;
Tumor abdominal;
Doenças ginecológicas;
Síndrome aderencial;
Dor abdominal crônica sem causa aparente;
Gravidez ectópica.
Quando indicada para fins terapêuticos, recebe o nome de VL cirúrgica, e pode ser indicada para:
Tratamento de hidrossalpingite;
Retirada de lesões ovariana;
Retirada de aderências;
Laqueadura das trompas;
Histerectomia total;
Retirada de mioma;
Tratamento de distopias genitais;
Retirada de apêndice;
Cirurgia ginecológica.
Além disso, a videolaparoscopia pode ser indicada para realizar a biópsia ovariana, que é um exame em que é avaliada microscopicamente a integridade do tecido do útero. Entenda o que é e como é feita a biópsia.
Como é feita a videolaparoscopia
A videolaparoscopia é um exame simples, mas que deve ser feito sob anestesia geral e consiste na realização de um pequeno corte na região próxima ao umbigo por onde deve entrar um pequeno tubo que contém gás carbônico e uma microcâmera em seu interior.
Além desse corte, normalmente são realizados outros pequenos cortes na região abdominal por onde passam outros instrumentos para explorar a região pélvica, abdominal ou para realizar a cirurgia.
A microcâmera é usada para monitorar e avaliar todo o interior da região abdominal, identificando alteração e promovendo a sua remoção, no caso de miomas e cistos, por exemplo.
O preparo para realizar o exame consiste em realizar exames anteriores, como os pré-operatórios e a avaliação do risco cirúrgico, e quando este exame explora a cavidade abdominal é necessário esvaziar completamente o intestino usando laxantes sob indicação médica no dia anterior ao exame.
Como é a Recuperação da videolaparoscopia
A recuperação da cirurgia por videolaparoscopia é muito melhor que numa cirurgia convencional, pois há menos cortes e o sangramento durante a cirurgia é mínimo. O tempo de recuperação de uma cirurgia por videolaparoscopia dura de 7 a 14 dias, dependendo do procedimento. Depois desse período a pessoa pode voltar gradativamente às atividades diárias de acordo com a recomendação médica.
Logo após a videolaparoscopia é normal sentir dor no abdômen, dor nos ombros, ficar com intestino preso, sentir-se inchado, enjoado e com vontade de vomitar. Por isso, durante o período de recuperação, deve-se descansar o máximo possível e evitar ter relações sexuais, dirigir, limpar a casa, fazer compras e fazer exercícios nos primeiros 15 dias.
Quando não deve ser feita
A videolaparoscopia não deve ser realizada em caso de gravidez avançada, nas pessoas com obesidade mórbida ou quando a pessoa encontra-se gravemente debilitada.
Além disso, não é indicada em caso de tuberculose no peritôneo, câncer na região abdominal, massa abdominal volumosa, obstrução intestinal, peritonite, hérnia abdominal ou quando não é possível aplicar anestesia geral.
Possíveis complicações
Embora esse exame seja o melhor para concluir o diagnóstico de algumas doenças e ter uma melhor recuperação, quando utilizada como forma de tratamento, assim como outros procedimentos cirúrgicos, a videolaparoscopia apresenta alguns riscos para a saúde, como hemorragia em órgãos importantes como fígado ou baço, perfuração do intestino, bexiga ou útero, hérnia no local da entrada dos instrumentos, infecção do local e piora da endometriose, por exemplo.
Além disso, quando realizada no tórax pode acontecer pneumotórax, embolia ou enfisema. Por isso, a videolaparoscopia normalmente não é solicitada como primeira opção para diagnóstico de doenças, sendo mais utilizada como forma de tratamento.
A cirurgia por laparoscopia é realizada com pequenos furos, o que diminui bastante o tempo e a dor da recuperação no hospital e em casa e, é indicada para muitas cirurgias, como cirurgia bariátrica ou remoção da vesícula e apêndice, por exemplo. A laparoscopia pode ser uma cirurgia exploratória quando serve como exame de diagnóstico […]
A cirurgia por laparoscopia é realizada com pequenos furos, o que diminui bastante o tempo e a dor da recuperação no hospital e em casa e, é indicada para muitas cirurgias, como cirurgia bariátrica ou remoção da vesícula e apêndice, por exemplo.
A laparoscopia pode ser uma cirurgia exploratória quando serve como exame de diagnóstico ou biópsia ou ser uma técnica cirúrgica para tratar alguma doença, como remover um tumor de algum órgão.
Além disso, quase todos os indivíduos podem realizar uma cirurgia laparoscópica por indicação do médico, no entanto, em alguns casos, já no bloco operatório e mesmo durante a cirurgia por laparoscopia, o cirurgião pode necessitar realizar uma cirurgia aberta para o tratamento ter sucesso o que implica fazer um corte maior e a recuperação ser mais lenta.
Cirurgias mais comuns por laparoscopia
Algumas das cirurgias que podem ser realizadas por laparoscopia podem ser:
Cirurgia bariátrica;
Remoção de órgãos inflamados como vesícula, baço ou apêndice;
Tratamento de hernias do abdômen;
Remoção de tumores, como do reto ou pólipos do cólon;
Cirurgia ginecológica, como histerectomia.
Além disso, a laparoscopia pode ser frequentemente utilizada para se determinar o motivo de dor pélvica ou infertilidade e, é uma excelente forma tanto para o diagnostico como para o tratamento da endometriose, por exemplo.
Como funciona a cirurgia por laparoscopia
Dependendo do objetivo da cirurgia, o médico irá realizar 3 a 6 furinhos na região, por onde entrará uma microcâmera com uma fonte de luz para observar o interior do organismo e os instrumentos necessários para cortar e remover o órgão ou alguma parte afetada, deixando cicatrizes muito pequenas com cerca de 1,5 cm.
O médico conseguirá observar a área interna através de uma pequena câmera que entra no organismo e vai gerar a imagem no computador, sendo uma técnica conhecida por videolaparoscopia. No entanto, esta cirurgia exige o uso de anestesia geral e, por isso, é geralmente necessário ficar internado pelo menos um dia no hospital.
A recuperação do paciente é muito mais rápida que uma cirurgia convencional, na qual é necessário fazer um grande corte e, por isso, as chances de complicação são menores e o risco de dor e infeção é menor.
Quem nunca sentiu aquele mal estar depois que comeu demais ou sofreu as dores de uma escolha errada no cardápio? Muitas pessoas apresentam problemas de digestão, como a azia e a prisão de ventre, que estão entre os desconfortos mais populares. No entanto, a solução para esses problemas pode estar na própria dieta, com a […]
Quem nunca sentiu aquele mal estar depois que comeu demais ou sofreu as dores de uma escolha errada no cardápio? Muitas pessoas apresentam problemas de digestão, como a azia e a prisão de ventre, que estão entre os desconfortos mais populares. No entanto, a solução para esses problemas pode estar na própria dieta, com a ingestão de alimentos que possuem propriedades digestivas. O gastroenterologista Irineu Pantoja, de São Paulo, explica que se os problemas persistirem, o ideal é procurar um médico, que poderá dar uma orientação mais específica. Confira os alimentos que podem ajudar na digestão e acabe com o desconforto após as refeições:
Fibras
As fibras têm papel importante na digestão, pois prolongam o tempo que o alimento permanece no tubo digestivo. Tanto as fibras insolúveis (cerais e farelos) quanto as solúveis (frutas, legumes e verduras) são recomendadas, porém vale lembrar que o mecanismo de ação de cada uma é diferente. As fibras insolúveis não são digeridas, e atuam aumentando a velocidade intestinal, contribuindo principalmente para o bom funcionamento intestinal e a prevenção de doenças no intestino. Já as solúveis agem retendo líquidos, formando um gel viscoso no estômago que retarda o esvaziamento gástrico, promovendo mais saciedade. O consumo ideal é de 25 a 30g ao dia de fibras no geral. Lembrando que, para ter efeito desejado, é importante consumir as fibras em conjunto com a água. Ela que irá ajudar na formação do bolo fecal, melhorando o fluxo do intestino.
Ameixa
Por conta do seu alto teor de fibras e da presença de determinados ácidos orgânicos digestivos, a ameixa é um fruta com potencial laxativo, capaz de melhorar o trânsito intestinal. A quantidade depende do consumo de outras fibras provenientes da alimentação, mas uma média de uma a duas ameixas por dia seria ideal para pessoas com o intestino preso.
Gengibre
Essa raiz auxilia na secreção gástrica e tem um poder anti-inflamatório natural, auxiliando na digestão e em quadros de gastrite, além de melhorar a sensação de queimação, dor e náusea. O gengibre pode ser consumido na forma de chás, gengibre ralado, sopas, saladas e sucos.
Mamão e abacaxi
De acordo com Irineu Pantoja, o abacaxi e o mamão possuem naturalmente enzimas em sua composição chamadas bromelina e papaína, respectivamente, que auxiliam na digestão principalmente de proteínas. Consumir uma fatia de abacaxi ou um quarto de mamão papaya após uma refeição rica em proteínas, como o churrasco, seria o ideal para uma digestão eficiente.
Cerca de 20% dos brasileiros são considerados obesos; enquanto 32% estão na faixa do sobrepeso. A classificação é feita por meio do índice de massa corpórea (IMC), calculado pela relação peso/altura x altura. A faixa do peso saudável é considerada aquela em que o IMC está entre 18,5 e 24,9; o sobrepeso, quando fica entre […]
Cerca de 20% dos brasileiros são considerados obesos; enquanto 32% estão na faixa do sobrepeso. A classificação é feita por meio do índice de massa corpórea (IMC), calculado pela relação peso/altura x altura. A faixa do peso saudável é considerada aquela em que o IMC está entre 18,5 e 24,9; o sobrepeso, quando fica entre 25 e 29,9; e, a obesidade, ao atingir 30 ou mais.
A cirurgia bariátrica foi desenvolvida quando se tornou evidente que pessoas com IMCs acima de 40 apresentavam taxas inaceitáveis de mortalidade. Existem várias técnicas operatórias que apresentam em comum a redução das dimensões do estômago e alguma forma de alterar o trânsito do bolo alimentar pelas alças intestinais.
A adaptação é cheia de complicações possíveis e de problemas que exigem resiliência e disciplina. O menor exagero alimentar pode ser punido com sintomas muito desagradáveis (dumping). A perda de peso, no entanto, costuma ser dramática: há pessoas que emagrecem mais de 50 quilos.
Os benefícios são imediatos: redução da glicemia nos que sofrem de diabetes, queda da pressão arterial, dos níveis de colesterol e triglicérides, melhora dos problemas respiratórios, cardíacos, ortopédicos e articulares, entre outros.
Muitas vezes, essas alterações são tão radicais, que pacientes hipertensos, com diabetes ou hiperlipidemia ficam livres das medicações que utilizaram durante décadas.
O problema é que a cirurgia bariátrica não é a solução definitiva para a obesidade, porque a perda de peso pode ser seguida de ganho progressivo e retorno a condições próximas à anterior.
Um grupo da Universidade de Pensilvânia acompanhou durante um período médio de 6,6 anos, 1.406 adultos submetidos à cirurgia bariátrica, com a finalidade de avaliar as características do ganho de peso nos anos seguintes.
Reduzir as dimensões do estômago através da cirurgia bariátrica não é a solução, mas ajuda aqueles com obesidade grave a melhorar as condições de saúde.
Antes da operação, o IMC médio dos participantes era de 46,3. A redução máxima do peso corpóreo ocorreu em média dois anos depois do procedimento. Em relação ao pré-operatório, a perda média foi de 37,4%.
O aumento de peso foi mais acentuado no primeiro ano que se seguiu à perda máxima, mas prosseguiu durante todo o período de acompanhamento. Cinco anos depois da cirurgia, um em cada três participantes recuperou 20% ou mais dos quilos perdidos.
O estudo mostrou que engordar outra vez, tem seu preço: no primeiro ano depois da perda máxima, 10% apresentaram progressão do diabetes, 46% da hipertensão e 26% tiveram aumento dos níveis de colesterol. Nesse período, declínio das condições físicas ocorreu em 20% dos participantes e piora da saúde mental em 28%. Declararam-se insatisfeitos com o resultado da cirurgia 12%.
Apesar dos pesares, cinco anos depois de atingir o peso mínimo, os participantes ainda continuavam a preservar em média 73% do peso perdido.
Reduzir as dimensões do estômago através da cirurgia bariátrica não é a solução, mas ajuda aqueles com obesidade grave a melhorar as condições de saúde.
Fonte: Minha Vida
Dentro do contexto atual de cirurgia minimamente invasiva, em especial na cirurgia digestiva, a cirurgia robótica, ou cirurgia assistida por robô, permite que os médicos realizem muitos tipos de procedimentos complexos com mais precisão, melhor visão, flexibilidade e controle do que é possível, com as técnicas convencionais. A cirurgia robótica é geralmente associada à cirurgia […]
Dentro do contexto atual de cirurgia minimamente invasiva, em especial na cirurgia digestiva, a cirurgia robótica, ou cirurgia assistida por robô, permite que os médicos realizem muitos tipos de procedimentos complexos com mais precisão, melhor visão, flexibilidade e controle do que é possível, com as técnicas convencionais. A cirurgia robótica é geralmente associada à cirurgia minimamente invasiva e, em outros casos, até cirurgias abertas, procedimentos realizados através de pequenas incisões.
A cirurgia robótica com o Sistema Cirúrgico da Vinci foi aprovada pela Food and Drug Administration em 2000. A técnica foi rapidamente adotada por hospitais nos Estados Unidos e na Europa para uso no tratamento de uma ampla gama de patologias. No Brasil, temos diversos hospitais que já trabalham de uma forma rotineira com essa técnica, inicialmente difundida para cirurgia de próstata, mas hoje, com diversas indicações e possibilidades no aparelho digestivo, incluindo cirurgias do esôfago, cirurgias oncológicas, bariátricas, cirurgias de hérnias, cirurgias de fígado e pâncreas.
O sistema cirúrgico robótico clínico mais utilizado inclui um braço de câmera e braços mecânicos com instrumentos cirúrgicos ligados a eles, sendo muito seguro e com algumas possibilidades, que deixam o procedimento mais eficiente. O cirurgião controla os braços enquanto está sentado em um console de computador perto da mesa de operação. O console dá ao cirurgião uma visão 3D ampliada e de alta definição do local da cirurgia. O cirurgião lidera outros membros da equipe que ajudam durante a operação, onde em nenhum momento deixa de ser um procedimento extremamente humanizado.
Como vantagens, temos que os cirurgiões que usam o sistema robótico, descobrem que, para muitos procedimentos, aumentam a precisão, a flexibilidade, a ergonomia, tão importante para a longevidade, e o controle durante a operação, além de permitir que eles vejam melhor o local, em comparação com as técnicas tradicionais. Usando a cirurgia robótica, os cirurgiões podem realizar procedimentos delicados e complexos que podem ter sido difíceis ou impossíveis com outros métodos.
A cirurgia robótica é uma cirurgia minimamente invasiva, trazendo os benefícios, que incluem: menos complicações, como infecção do sítio cirúrgico, menos dor e perda de sangue, recuperação mais rápida, deambulação e alimentação precoce, cicatrizes menores e menos perceptíveis. Esse método envolve risco, alguns dos quais podem ser semelhantes aos da cirurgia aberta convencional e laparoscópica, como um pequeno risco de infecção e outras complicações. Esse tipo de cirurgia não é uma opção para todos.
Converse com seu médico habilitado para tal, sobre os benefícios e riscos da cirurgia robótica e como ela se compara a outras técnicas, como outros tipos de cirurgia minimamente invasiva e cirurgia aberta convencional. Críticas existentes são relacionadas aos custos adicionais, relação com os planos de saúde e benefício real, em relação com os outros métodos. Essa técnica pode não estar disponível nos centros médicos em sua localização geográfica, mas, provavelmente, chegará, pois já deixou de ser uma coisa do futuro, hoje é uma realidade, pois já é possível o método em várias cidades.
Cirurgia Hepatobiliopancreática é um ramo da cirurgia do aparelho digestivo, que dedica-se ao tratamento de doenças benignas ou malignas do fígado, vias bilares e pâncreas. Consiste num grupo grande e desafiador de complexos procedimentos cirúrgicos, que exigem alto grau de especialização e habilidade. As resseções hepáticas laparoscópicas são hoje consideradas uma opção segura, tanto […]
Cirurgia Hepatobiliopancreática é um ramo da cirurgia do aparelho digestivo, que dedica-se ao tratamento de doenças benignas ou malignas do fígado, vias bilares e pâncreas. Consiste num grupo grande e desafiador de complexos procedimentos cirúrgicos, que exigem alto grau de especialização e habilidade.
As resseções hepáticas laparoscópicas são hoje consideradas uma opção segura, tanto para tratamento de lesões malignas como benignas, de pequena a média dimensão e localizadas nos segmentos 2 a 6 do fígado. É possível obter com esta abordagem minimamente invasiva resultados oncológicos semelhantes aos da via aberta e o pós-operatório é, geralmente, mais favorável.
O recurso à cirurgia robótica nas resseções hepáticas tem um futuro promissor. Com efeito, o recurso a esta tecnologia permite ultrapassar algumas limitações da laparoscopia convencional relativas à dimensão e à localização das lesões, devido à melhor visualização e aos instrumentos com articulação intracorporal.
Nesse grupo de cirurgias são realizados os tratamentos de doenças benignas e malignas, tais como:
Nódulos hepáticos (nódulos benignos e hepatocarcinoma). O hepatocarcinoma é o câncer primário do fígado. O câncer é derivado das principais células do fígado, os hepatócitos. Como os demais cânceres, surge quando há uma mutação nos genes de uma célula que a faz se multiplicar desordenadamente.
Essa mutação pode ser causada por algum agente externo (como o vírus da hepatite B) ou pelo excesso de multiplicações das células, o que aumenta o risco de surgimento de erros na duplicação dos genes. O hepatocarcinoma é caracteristicamente agressivo.
Cistos hepáticos: O cisto hepático é definido como uma pequena bolha que surge na parte interna do fígado. Embora pequena, a bolha contém em seu interior um líquido ou um material viscoso, mais grosso, jamais sendo vazia. É muito comum que os cistos surjam na parte externa do corpo, também por causas diversas, mas recebem este nome específico quando aparecem dentro do fígado.
Estima-se que cerca de 5% da população brasileira já tenha apresentado um cisto hepático e já tenha feito o tratamento em algum momento de sua vida.
Câncer de vesícula biliar: O câncer de vesícula biliar é um problema raro e grave que afeta a vesícula biliar, um pequeno órgão do trato gastrointestinal que armazena a bile, liberando-a durante a digestão.
Normalmente, o câncer de vesícula biliar não provoca qualquer tipo de sintoma e, por isso, em muitos casos, é diagnosticado em fases muito avançadas, quando já afetou outros órgãos como o fígado.
O câncer de vesícula tem cura quando o seu tratamento é iniciado precocemente com cirurgia, para eliminar todas as células tumorais e impedir a sua propagação para outros órgãos.
Câncer de via biliar (colangiocarcinoma): O câncer das vias biliares é raro e resulta do crescimento de um tumor nos canais que conduzem a bile produzida no fígado para a vesícula biliar. A bile é um líquido importante na digestão, pois ajuda a dissolver as gorduras ingeridas nas refeições.
Cistos de pâncreas (benignos e malignos): Os cistos que podem aparecer nesta área, geralmente não apresentam quaisquer tipos de sintomas quando estão se iniciando, e alguns podem nem precisar de tratamento. Já os casos mais graves, devem ser avaliados criteriosamente por um médico já que podem ser cistos malignos. Os cistos pancreáticos são mais comuns em pessoas que já possuem uma doença preexistente no local. Por exemplo, pode se relacionar a alguém que já teve um caso de pancreatite, diabetes, entre outras.
A Endometriose Intestinal é uma doença na qual o endométrio, que é o tecido que reveste internamente o útero, se desenvolvem à volta das paredes do intestino, dificultando o seu funcionamento e causando alterações dos hábitos intestinais e intensa dor abdominal, especialmente durante a menstruação. Apenas 27% dos pacientes, com endometriose, têm envolvimento intestinal, causando […]
A Endometriose Intestinal é uma doença na qual o endométrio, que é o tecido que reveste internamente o útero, se desenvolvem à volta das paredes do intestino, dificultando o seu funcionamento e causando alterações dos hábitos intestinais e intensa dor abdominal, especialmente durante a menstruação. Apenas 27% dos pacientes, com endometriose, têm envolvimento intestinal, causando cicatrizes e retrações capazes de obstruir parcialmente o intestino.
A localização no intestino segue padrões bem definidos. O retossigmoide é o mais envolvido, seguido pelo intestino delgado, o ceco e o apêndice.
A doença superficial geralmente não causa sintomas, mas uma doença volumosa e invasiva pode causar problemas reais. A gravidade da doença depende da profundidade da invasão na parede do intestino.
Quando o reto está envolvido, frequentemente escarifica para a parte de trás do útero, causando obliteração do fundo de saco. Isso indica a presença de doença profundamente invasiva nos ligamentos útero-sacros, no fundo de saco, na vagina e geralmente na parede frontal do reto, com o que é chamado de nódulo retal.
Pode causar movimentos intestinais dolorosos, dor retal durante a relação sexual, enquanto está sentado ou com passagem de gás, além de constipação, embora a diarreia possa estar presente durante o fluxo menstrual.
Quando o cólon sigmoide e intestino delgado estão envolvidos por doença volumosa, os pacientes podem ter prisão de ventre, alternando com diarreia, dor, inchaço e cólicas. A maioria dos pacientes com endometriose não tem sangramento retal, embora possa haver sangramento retal e sintomas dolorosos durante o fluxo menstrual.
Os exames de imagem para o diagnóstico são: Ultrassonografia (US), US Transretal, Ecoendoscopia, US Transvaginal com preparo intestinal, Colonoscopia, Ressonância de Pelve e o exame vaginal. A doença geralmente não penetra todo o intestino, mas permanece na musculatura do intestino, assim a maioria dos pacientes terão exames negativos, e a endometriose intestinal vai requerer cirurgia para seu diagnóstico.
Laparoscopia, ainda, é o padrãoouro, pois diagnostica e trata a endometriose intestinal, determinando o grau e a extensão das lesões e permite a obtenção do diagnóstico histológico definitivo da doença. É a via de acesso preferencial, onde, além do tratamento no intestino, pode permitir algum procedimento nos ovários e anexos, até uma histerectomia em conjunto, quando avaliados e conduzidos pelo ginecologista. O cirurgião deve observar as áreas que podem estar envolvidas e saber como a doença intestinal pode aparecer, geralmente é branca devido a cicatrizes.
Nos sintomas leves, o tratamento pode ser feito com o uso de pílulas anticoncepcionais com dosagens especiais, que evitam o crescimento do endométrio e permite alívio dos sintomas. Mas, o tratamento, com melhores resultados, da endometriose infiltrativa é cirúrgico. A via de acesso depende da experiência do cirurgião, da localização, extensão e nível de infiltração, podendo associar uma terapia medicamentosa. A excisão da lesão deve ser feita sob visualização, poupando o tecido sadio adjacente ao nódulo, incluindo parede retal e do fundo posterior do saco. Há casos em que uma ressecção segmentar maior do intestino pode ser necessária e outros que apenas retirada em disco do nódulo.
A abordagem laparoscópica da endometriose pélvica grave com envolvimento retal é possível e pode ser bem sucedida; entretanto, essa cirurgia pode ser demorada, muitas vezes mais desafiadora do que a cirurgia oncológica, requerendo treinamento e experiência adicional. Uma avaliação pré-operatória precisa de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo as habilidades dos cirurgiões do aparelho digestivo e ginecologistas, buscando melhorar a tomada de decisões cirúrgicas, relacionadas ao melhor momento e o quanto retirar do intestino, com técnicas minimamente invasivas, de preferência, assim proporcionando o melhor tratamento para cada paciente, de forma individualizada.
O fígado é um dos principais órgãos do corpo humano e está localizado na parte superior da cavidade abdominal, acima do estômago, intestinos, e rim direito. Sua função é regular a maioria das substâncias químicas do corpo e secretar uma substância chamada bile. A bile ajuda a transportar resíduos para fora do fígado e degrada gorduras no […]
O fígado é um dos principais órgãos do corpo humano e está localizado na parte superior da cavidade abdominal, acima do estômago, intestinos, e rim direito.
Sua função é regular a maioria das substâncias químicas do corpo e secretar uma substância chamada bile.
A bile ajuda a transportar resíduos para fora do fígado e degrada gorduras no intestino delgado durante o processo de digestão.
Esse órgão processa, decompõe e equilibra tudo o que vem do estômago e intestinos. Também metaboliza as drogas que tomamos para que o corpo possa usá-las sem efeitos tóxicos. Outras funções do fígado são:
Conhecendo as funções vitais que esse órgão desempenha podemos compreender como é importante para mantê-lo saudável. Isso é fácil de alcançar se incluirmos em nossa dieta alimentos desintoxicantes e depurativos.
O ideal é consumir alimentos que desintoxicam e mantenham o seu fígado saudável de forma constante, para evitar danos e inconvenientes.
No entanto, se você não costuma ter uma dieta equilibrada deve ficar atento aos sinais de um fígado intoxicado.
São estes:
Se esses problemas começarem a aparecer constantemente, procure incluir os seguintes alimentos em sua dieta, tanto quanto possível:
Alho
O alho é o depurativo e promove a saúde hepática através da sua contribuição de selênio, arginina, vitamina B6 e C.
Toranja ou grapefruit
Rúcula e espinafre
A rúcula e o espinafre aumentam a produção da bile, que elimina as toxinas da corrente sanguínea e neutraliza os efeitos de metais tóxicos, pesticidas e de outros produtos químicos que podem conter alguns alimentos.
Beterraba
Graças a seu aporte de antioxidantes e fibras solúveis a beterraba ativa a função hepática para limpar o sangue.
Brócolis e couve-flor
Da família das crucíferas (Cruciferae) tanto brócolis como couve-flor ajudam a produzir as enzimas necessárias para remover as toxinas do corpo.
Abacate
O abacate é rico em glutationa, um dos antioxidantes que favorecem a depuração hepática.
Também fornece:
Nozes
Cúrcuma
Graças à curcumina, seu ingrediente ativo, A cúrcuma é amplamente utilizada por culturas orientais por ser um grande antioxidante e anti-inflamatório. Por isso, é ideal para a saúde do fígado.
Também ajuda no processo de desintoxicação e rejuvenescimento das células e aumenta a produção de bile.
Desintoxicar o fígado é algo que deve ser feito pelo menos duas vezes por ano. A principal razão para isso é por se tratar de um órgão vital, responsável por várias funções que proporcionam uma boa qualidade de vida se for bem cuidado.
Lembre-se de evitar o excesso de alimentos prejudiciais, tais como frituras e produtos industrializados.
Fonte: www.melhorcomsaude.com.br
Os órgãos abdominais são contidos dentro da cavidade abdominal devido a presença dos músculos, que dão a força, impedindo o contato das vísceras com a pele. Uma hérnia ocorre quando há um ponto de fraqueza desta parede, permitindo que o conteúdo abaule aos esforços e reduzindo ao repouso. Homens como mulheres podem ter, sendo mais […]
Os órgãos abdominais são contidos dentro da cavidade abdominal devido a presença dos músculos, que dão a força, impedindo o contato das vísceras com a pele. Uma hérnia ocorre quando há um ponto de fraqueza desta parede, permitindo que o conteúdo abaule aos esforços e reduzindo ao repouso. Homens como mulheres podem ter, sendo mais comuns nos homens; em crianças, na maioria, congênitas. Os lugares mais comuns de hérnias são na virilha (inguinal), umbigo e em locais previamente operados.
Há um abaulamento localizado, acentuado quando ergue peso, tosse, faz esforço ao urinar ou evacuar e quando ficar muito tempo em pé. A dor pode ser aguda, queimação ou contínua, piorando ao final do dia. Entretanto, dor forte contínua, aumento do volume sem reduzir e vermelhidão, podem ser que a hérnia esteja encarcerada ou estrangulada, sendo uma urgência. O diagnóstico é feito com exame físico, mas em alguns casos, necessita- se de exames como ultrassom ou tomografia.
O abdômen tem áreas naturalmente mais frágeis, que associada com fatores, acima mencionados, aumentam a chance de hérnias, associado com alterações na composição dos músculos, por exemplo, no metabolismo do colágeno, que gera uma predisposição. As hérnias em geral, desde que a condição clínica permita, é cirúrgica. As fundas são raramente recomendadas e geralmente ineficientes. O objetivo é melhorar os sintomas e a qualidade de vida, além de evitar o encarceramento.
A cirurgia têm taxas de complicações baixas quando eletivas, mesmo em idosos. Hérnias assintomáticas de tamanho estacionário, o perigo de encarceramento, apesar de baixo é citado como motivo para operar. A decisão é individualizada, considerando: sintomas, tamanho e outras doenças do paciente, mas normalmente, cirúrgica. Hérnias inguinais primárias em mulheres deve ser operadas por causa da possibilidade de uma hérnia femoral, dificilmente diagnosticada e que encarcera mais.
As hérnias inguinais podem ser reparadas por cirurgia aberta ou laparoscópica. Os procedimentos por vídeo são feitos através de uma abordagem posterior e com o uso de uma malha (tela); as operações abertas através da anterior clássica. Em ambas vias, as evidências são que sejam utilizadas as telas, para diminuir recidiva, visto se tratar de uma área com muito movimento e tecido fragilizado.
A videolaparoscopia permite que o orifício seja corrigido de dentro para fora, sem cortar a pele sobre a hérnia. Através de 3 pequenos orifícios são introduzidas cânulas na cavidade, fazendo a cirurgia através de um monitor de vídeo. A hérnia é identificada e corrigida, posicionando uma tela sobre o defeito da parede. Esta cirurgia é realizada com anestesia geral. Casos de recidiva, bilaterais e mulheres tem atenção especial da técnica.
Esse método têm tempo curto de cirurgia, com excelente correção, uso de telas leves, pequenas incisões, menos dor, baixíssima recorrência, retorno bem mais rápido as atividades, poucas complicações em feridas e segurança. Trata-se de uma via reconhecida, estudada e testada. Somente após uma avaliação do especialista será determinado se sua hérnia poderá se corrigida por vídeo, não sendo o melhor para pacientes que tem cirurgias prévias, hérnias gigantes ou doenças crônicas associadas. Procure um cirurgião com habilitações, especialista, com treinamento e experiência nos dois métodos, para conversar sobre riscos, vantagens e desvantagens das técnicas.
Matéria Por : Marcelo Gonçalves Sousa
CRM/PB 5438 | RQE 3477 | RQE 3478 | João Pessoa
Câncer de estômago demora produzir sintomas e representa ameaça aos mais velhos. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (inca) apontaram que 20.520 casos de câncer de estômago surgiram no Brasil nos últimos dois anos. Para que as estatísticas não cresçam, é preciso ficar alerta: muitas vezes, os sintomas só se tornam evidentes quando o tumor […]
Câncer de estômago demora produzir sintomas e representa ameaça aos mais velhos.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (inca) apontaram que 20.520 casos de câncer de estômago surgiram no Brasil nos últimos dois anos. Para que as estatísticas não cresçam, é preciso ficar alerta: muitas vezes, os sintomas só se tornam evidentes quando o tumor já está em estágio avançado.
“O estágio inicial do câncer de estômago raramente provoca sintomas, portanto é dificilmente diagnosticado precocemente. Os sintomas podem incluir: sensação de plenitude na parte superior do abdome, após uma refeição leve, inchaço ou desconforto no abdome superior, falta de apetite, perca de peso, azia, indigestão, náuseas, vômitos ( com ou sem sangue) e anemia, “ explica Marcelo Gonçalves, gastroenterologista e especialista em cirurgia digestiva.
A doença é mais recorrente em pessoas com idade mais avançada, principalmente homens. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados têm mais de 50 anos. A feirante Maria de Fátima da Silva, 58,pertence ao “grupo de risco” da doença. Tratando uma gastrite desde de 2013, ela descobriu que estava infectada Helicobacter pylori, popularmente conhecida como H.pylori. A presença da bactéria no estômago é um dos fatores de risco relacionados ao câncer gástrico, assim como a alta ingestão de sal, o tabagismo, o consumo de álcool, o déficit no consumo de fibras e a obesidade.
“Em junho de 2016, fiz uma endoscopia e foi detectado que eu ainda estava com H.pylori. Logo depois disso, tratei uma infecção urinária com antibiótico e o médico sugeriu que eu fizesse outra endoscopia depois que acabasse de tomar o remédio, porque podia agravar a situação. Foi com esse exame que suspeitaram do meu tumor”, conta Fátima, diagnosticada rapidamente por estar com acompanhamento médico em dia.
Cirurgia por vídeo é menos invasiva
Maria de Fátima foi operada por meio da “técnica aberta” com mais incisões. Mas existe uma técnica mais moderna, a videolaparoscopia. Nesse procedimento, um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta, laparoscópio, é inserido no paciente por meio de uma pequena abertura no abdome. O instrumento permite uma visão detalhada do estômago.
“A técnica pode ser usada tanto em casos iniciais quanto nos mais avançados. O procedimento tem o mesmo nível de segurança da técnica aberta, dura em média duas horas e representa um avanço porque são feitas menos incisões e o paciente sente menos dor, além de se alimentar e até andar mais rapidamente” conta Gonçalves, especialista nesse tratamento oncológico.
É importante destacar que, assim como em outros tipos de câncer, nem sempre a cirurgia é a única via possível de tratamento. “ A abordagem terapêutica vai depender do estágio em que se encontra a doença e poderá ser endoscópica, cirúrgica, com quimioterapia, com ou sem radioterapia antes ou depois da cirurgia, ou através de cuidados paliativos “, destaca o médico.
Saiba quando deve ficar alerta e procurar ajuda médica
Não há sintomas específicos do câncer de estômago, porém, algumas sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar um doença benigna (úlcera, gastrite etc.), ou mesmo tumor de estômago.
Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer – INCA
Cirurgia de Esófago em conjunto com a Cirurgia Torácica […]
Cirurgia de Esófago em conjunto com a Cirurgia Torácica
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